quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Um dia...

Eu acordei e vi que as coisas eram diferentes, aí percebi que as pessoas eram iguais. Decidi fazer um trato com o amor, mas como o trato foi sigiloso não vou poder contar; só sei que ele acatou algumas regras mas, ele insite em surpreender... se não for ele é algum amigo que quer me importunar.
Um dia, era uma vez, eu quis ser eu, aí tudo ficou de cabeça para baixo e está sendo tão complicado voltar a diagonal que estava...
Enfim, um dia embora eu possa enlouquecer poderei entender de tudo isso.
Inconstante, complicada demais, não fui feita para alguém compreender...
Um dia, eu disse que para me ler era só querer mergulhar em mim, meu olhar e descobrir meus anseios, me acharam complicada demais e que não valeria a pena descbrir minhas charadas. Acontece que é assim que sou: charada! Não é que eu queira, (embora eu goste de ser diferente) mas é assim que as coisas são para quem tem sonhos e não tem vontade de contá-los até que se realizem.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Pra mim e em mim mesma

Não, o sentido dessa frase não é egocêntrico. O que eu quero dizer é que escrever, pra mim é um ato de expressão daquilo que ninguém compreende e que, mesmo que essa expressão seja autêntica, quase sempre as pessoas não vão entender o verdadeiro significado das palavras por mais que se baseiem no Aurélio. O blog nos ajuda a tornar isso um pouco mais dinâmico talvez, encontrando pessoas relativamente parecidas - visão de mundo, etc. mas, acontece que nem sempre me lembro dele e, novamente minhas gavetas ficam lotadas de papéis (para muitos inúteis) com anotações, pensamentos, canções, frases, rabiscos daquilo que está em mim mesma. Isso talvez não seja fácil de se compreender, de repente eu sou a única pessoa que tem sentimentos não caracterizados pela ciência ou pela filosofia. E, por mais que sejam loucos não abro mão deles, de certa forma eles me fazem sentir viva em meio essa sociedade que abomino, mas que infelizmente faço parte, cheia de ondas de consumismo, onde ter e poder e o ser é algo de um passado muito distante. Continuo com eles, indo em uma direção contrária, às vezes eu ando de costas mas estou indo eu outra direção. Embora não tenha vivido na época do movimento hippie ou na  época em que roqueiros eram realmente roqueiros, tenho saudade dos jovens daquela época - os da minha geração são tão retrógados, não fazem nenhuma diferença a não ser se deixarem ser influenciados pela medíocre mídia. Coitados! - ao contrário desses retardatários que pensam que sabem de tudo mas não saem da superfície de seu intelecto, aquelas pessoas reconheciam as causas para lutar, faziam acontecer, contrariava o que tinha que ser contrariado. Não me refiro ao sexo e drogas ( o qual não sou a favor), mas a questão social em que se engajaram, o ato de protestos contra o que realmente valia a pena.Certo, temos alguns protestos hoje em dia como a legalização da maconha - grande avanço, hein! Por essa causa vale realmente lutar? Nesse tipo protesto NUNCA me envolveria. Será que eles não se dão conta de mais uma arsenal armado contra o pensamento próprio!?
Enfim, às vezes prefiro ficar quieta com meus pensamentos e rabiscos.



"Muitos falam e não dizem nada, outros fazem silêncio como aviso de que tem muito a dizer." (Pr. João Chinelato Filho)


Mas, às vezes tenho vontade de ser como "O Semeador de Idéias" e é com o trecho desse ótimo livro que acabo por hoje:

"Os jovens sempre criticam a loucura dos adultos. Independentemente dos excessos cometidos pelo movimento hippie e pela contracultura, eles representaram a reação da juventude contra os líderes sociais que queriam enfiar goela abaixo da população suas insanidades. Mas onde estão os jovens idealistas? Os que lutam pelos seus direitos? Os "rebeldes" que acusam as aberrações do sistema social? Pela primeira vez foram calados. O veneno do sistema foi tão penetrante e eficiente na era digital que os entorpeceu. Como dependentes, eles querem em doses cada vez maiores." (O Semeador De Idéias - Agusto Cury) 


terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Hasta la victoria siempre


Ter certas conclusões boas ou ruins sobre Ernesto Guevara é uma questão muito particular. Mas a minha é que ele foi sim o grande "Che", um cara com um espírito voluntário, com um imenso desejo de liberdade não só a ele mas àqueles que estavam aprisionados sem se darem conta de tamanha crueldade; que não apenas em palavras deixou todo o seu conforto para se "aventurar" em uma longa viagem de 10 mil km acompanhado de um amigo, a qual lhe rendeu boas histórias pra contar, tornando a sua visão crítica mais aguçada e aumentando o desejo de agir para dar fim em tudo aquilo que achava errado; buscando bases para dar início a concretização de seus sonhos.


Uma das partes mais emocionantes do livro "De moto pela América do Sul - Diário de Viagem", que traz textos escritos pelo própio Che a partir de notas rascunhadas durante a longa viagem de 8 meses, é quando ele relata um acontecimento no Chile, na cidade de Valparaíso, em que ele, como médico, se compadece de uma mulher pobre e trabalhadora que está doente e vai até a sua casa medicá-la; ele diz o seguinte:

(...)Nestas circunstâncias, as pessoas de famílias pobres que não podem se sustentar são rodeadas por uma atmosfera de aspereza mal disfarçada, deixaram de ser pais, mães, irmãs ou irmãos para tornar-se apenas um fator negativo na luta pela sobrevivência e, por extensão, fonte de amarguras para os membros sadios da comunidade que se ressentem de sua doença como se fosse um insulto pessoal contra aqueles que tem de apoiá-los. É aí, no final, para as pessoas cujo horizontes nunca ultrapassam o dia da amanhã, que nós percebemos a profunda tragédia que circunscreve a vida do proletariado em todo o mundo. Nesses olhos moribundos existe um humilde apelo por perdão e também, muitas vezes, um pedido desesperado de consolação que se perde no vácuo, da mesma maneira como seu corpo desaparecerá logo em meio ao vasto mistério que nos cerca. Quanto tempo mais esta ordem atual, baseada na idéia absurda de classes sociais, vai durar eu não sei, mas é chegada a hora em que o governo gaste menos tempo propagando suas próprias virtudes e comece a gastar mais dinheiro, muito mais dinheiro, financiando projetos para a sociedade (...)"


Ps: É incrível como este discurso traduz a nossa época mesmo tendo sido escrito há décadas!

Che pode até ter sido um tanto exagerado na busca pela liberdade mas, a falta de objetivos concretos e ideais é algo que falta bastante em nossa geração alienada por falsos ideiais, embarcada em opiniões alheias!



Outro ponto bastante interessante do livro ( e até motivador! ) é o discurso feito por Alberto Granado, companheiro de viajem de Che Guevara, supostamente no momento em que eles se despedem:

"(...) O futuro pertence ao povo e, gradual ou subitamente, ele vai chegar ao poder, aqui e em todo mundo.
O problema [...] é que o povo deve ser educado, e isso não pode ser feito antes que ele tome o poder, só depois. Ele só pode aprender a partir de seus próprios erros e estes, serão muitos sérios e custarão muitas vidas inocentes. Ou talvez não, talvez essas vidas não sejam inocentes porque pertencem àqueles que cometem os maiores pecados 'contra natura'; em outras palavras, eles não tem habilidades para se adaptar - você ou eu, por exemplo, morrerão amaldiçoando o poder que ajudaram a fazer surgir com sacrifícios muitas vezes enormes. A revolução é impessoal, vai levar suas vidas e até mesmo utilizará suas memórias como um exemplo ou como intrumento para controlar os jovens que surgirem depois deles. Meu pecado é ainda maior porque eu, mais sutil ou mais experiente, chame do que quiser, vou morrer sabendo o que o meu sacrifício está fundado apenas na teimosia que simboiza nossa civilazação apodrecida e decadente. Eu sei também - e isso não mudará o curso da história ou mesmo sua impressão pessoal a meu respeito - que você morrerá com seu punho cerrado e sua mandíbula tensa, porque você não é um símbolo ( um exemplo inanimado ) mas sim um autêntico membro da sociedade que deve ser destruída; o espírito da colônia fala através da sua boca e move-se através de seus atos. Você é tão útil quanto eu, mas não percebe o quão útil é sua contribuição para a sociedade que o sacrifica (...)"

Ps: Ele tinha alguma bola de cristal ??

A coragem, perseverança e vontade de Ernesto Che Guevara o tornaram um ser humano admirável! Mas, você nunca tropeçou no caminho?... é, ele também! Mas, a atitude de se por no lugar do mais necessitado (repito: não apenas com palavras) é louvável!

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Isso é o que nos resta: Graça ...Pedir Perdão!

Nos perdoe, ó Deus pelo imperialismo,
O nazismo, o comunismo, 
O capital selvagem, impiedoso, inescrupuloso, a escravidão...
A religião... sempre querendo te domesticar te encaixotar, te fazer de empregadinho
Perdão, por tanto fariseu se dizendo filho teu que não convenceu, que só dividiu levando muita gente boa pro covil nos perdoe, ó Deus,
Pelo terrorismo o holocausto, a pornografia, a pedofilia a mentira! 
O dinheiro mal adquirido e mal repartido a discriminação racial, social, irracional
Nos perdoe, oh Deus !


quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Sonho do Amanhecer

Eu procuro você em você mesmo
Em meio ao sonho e ao encanto
Entre palavras e desejos
O real e o irreal

Acorde do sono, meu bem
Acordes doces quero ouvir
Vindos de sonhos encantados

E, se o sonho foi triste
me cante uma solução
Se foi um pesadelo
que bom que te acordei

Vem que eu te ensino a esquecer
Vem que eu te ajudo a esquecer
E, juntos vamos compor uma melodia alegre
que só quem sonha poderá entender

sábado, 30 de outubro de 2010


 Eu só queria saber quem sou

A sua parte em mim

Que te faz sentir

Que me faz chorar

Que me faz sorrir

Eu só queria descobrir

O verdadeiro sentido de está aqui

Se é pra sofrer ...

Só por você...

Só pra viver...

Só pra morrer...

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Vida,

Eu que já vivi tanto com tão poucos anos
Eu que já sonhei tanto com a mente carregada
Ilusões

Eu que já perdi amores não amados,
Que sofri calado
Chorei amargurado

Eu que descobri alegrias nas pequenas coisas,
que me machuquei com que menos esparava
Aprendi a caminhar entre espinhos

Eu...
Ainda sou surpreendida nas curvas desta estrada,
Vida,